segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

De Buenos Aires para Brasília.

Faz bastante tempo que eu não escrevo aqui e durante minha ausência muitas coisas acontecerem. A mudança mais drástica, difícil porém necessária, foi a minha volta permanente ao Brasil.

Minha vida na Argentina, mais do que nunca, estava contrastada pela maravilha de estar rodeada de amigos e numa cidade cheia de coisas pra se fazer, com muita diversão, e a dificuldade financeira extrema. Eu tive que fazer uma escolha e resolvi dizer, não um adeus, mas sim um até mais e vir ter uma vida um pouco mais tranquila aqui em Brasília.

O lado positivo de estar em Brasília com certeza é poder conviver com minha irmã, é não ser obrigada a estar sempre no meio das brigas constantes e problemas absurdos que aconteciam no último apartamento que dividi com pessoas que aliás amo muito, mas não quero nunca mais ter que morar junto, é poder estar agora cuidando um pouco mais da minha saúde fisica e mental, é poder voltar a estudar tendo a certeza de que poderei concluir a faculdade sem risco de ficar sem teto.

O lado negativo é estar longe das amizades mais verdadeiras que já pude construir, viver numa cidade onde não existe quase coisas interessantes pra se fazer e quando tem não poder chegar lá porque aqui é imprescindível ter carro, é ter dificuldade de fazer novas amizades porque o povo é muito mais fechado, é sentir saudade das pequenas coisas de Buenos Aires e não saber que vai demorar bastante pra mim poder ir visitar.

Seria um sonho poder juntar tudo de bom que cada um desses lugares me oferece, mas como não dá, farei o possível pra viver bem e aproveitar ao máximo todas as boas experiências que este momento e esse lugar podem me proporcionar.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Faz dois dias que voltei há Buenos Aires depois de passar duas semanas com minha família no sul do Brasil, aproveitando a companhia da familia,  das maravilhas da comida da minha vó, da carinha inocente da minha cachorrinha Hana. Eu julgo ter aproveitado muito bem, meu conceito de "aproveitar" mudou um pouco com o passar do tempo.

Ontem, já em Buenos Aires tive um longo dia de tatuagens, cheguei em casa era mais de dez horas da noite, estive das 12:30 até as 22:00 no estudio, cheguei em casa, me sentei diante do computdor pra relaxar, acendi um cigarro, me preparando psicologicamente pra organizara bagunça do quarto e foi ai que o pesadelo começou.

Parecia uma baixa de pressão mas não foi, braços formigados, suor frio, tremores, dor de estomago, falta de ar, sensação de morte. Uma crise de pânico diagnosticada pelo médico que veio até aqui em casa me atender. Depois de tomar calmantes eu me senti melhor, o que eu não entendia era o porque de ter algo assim se eu vinha me sentindo tão bem. Eu acredito que este ano terei que modificar minha rotina, que horas e horas em extrema concentração me provocam um desgaste mental que o meu organismo já não tolera mais.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

Estamos sozinhos?

Gente! Vocês já assistiram o filme CONTATO DE 4° GRAU? Eu assisti no domingo e confesso que me deu medo. Diferente da maioria das pessoas, eu sempre achei as corujas muito bonitas, mas depois desse filme eu levaria um baita susto se uma aparecesse na minha janela, Deus que me livre! :)


Será que nesse universo, entre tantas e tantas estrelas o nosso planeta é o único habitado? Será que existem outras espécias mais evoluídas que a nossa? Será que eles já nos acharam? O que eles querem de nós?
Relatos e imagens do mundo inteiro nos fazem acreditar que existem civilizações mais adiantadas que a nossa em outros globos e que eles vem fazendo contato com a nossa raça desde tempos remotos.


Há anos atrás, minha mãe tinha sonhos em que um extraterrestre olhava ela pela janela do quarto, lembrei disso agora, e lembrei também de algo que aconteceu na minha infância. Nessa época morávamos na vila militar em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Era fim de tarde, quase noite, eu recolhia as roupas do varal ,que ficava atrás da casa, numa parte descoberta do pátio, quando senti soprar um vento forte que levantou as folhas secas que estavam no chão. Tomei um susto e olhei para cima, pra ter certeza de que não era uma tempestade, mas não tinha nenhuma nuvem, o que eu vi bem acima da minha cabeça foi uma luz pequena, muito mais intensa que qualquer estrela ou satélite,que nem sequer os fortes holofotes do clube Circulo Militar que fazia divisa com o pátio da minha casa conseguiam ofuscar, o objeto piscava hora ou outra e se movia de forma rápida e irregular e as vezes desaparecia de um lugar e tornava a aparecer em outro lugar distante e em direções opostas. Fiquei ali paralisada de medo por alguns minutos e depois corri pra dentro de casa chamando minha mãe aos gritos. Minha mãe também presenciou este fenômeno, e até hoje não conseguimos explicar o que passou ali.



E você, o que acha?


sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Flamenco, tô chegando!!!

Hoje eu estou feliz, me consultei hoje com um médico especialista em joelho e também médico do esporte no Hospital São Lucas em Brasília. Perfeito pra mim o fato de der um traumatologista com essas especializações, pois pretendo voltar a dançar logo logo! O médico já me encaminhou pra fazer fisioterapia, acredito que semana que vem eu já começo. Estou rezando pra meu joelhinho ficar bem estável com a fisio e não precisar de nenhuma cirurgia. O médico me garantiu que eu vou voltar a dançar!!!!!

Um pouco de Flamenco pra comemorar, por Stefano Domit - Tablado Andaluz Caxias (melhor escola do mundo) http://tabladocaxias.blogspot.com:



Muááááks gigantes!!!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Essa hora eu já deveria estar no Brasil, mas o meu voo foi cancelado.

No caminho para Ezeiza percebi algo parecido com neblina, mas não fazia frio, era muito estranho. Perguntei para o motorista se aquilo era neblina ou cinzas do vulcão chileno e ele me disse que parecia ser um pouco das duas coisas. Até ai tudo bem.

Ao chegar ao check in da Pluna nos deparamos com uma mutidão de turistas desorientados que tiveram seus võos cancelados no Aeroparque e foram mandados a Ezeiza, por ai já dava para perceber o caos eminente. Perguntei a atedente: O nosso vôo vai sair? Para minha surpresa eles sabiam menos do que a gente, nos disseram que não tinham ideia se o avião sairia do Uruguai. Fizemos check in, subimos para a sala de embarque e depois de quatro longas e chatas horas recebemos a notícia, o vôo foi cancelado, o vulcão chileno estava a mil. Eu estava cansada, minha perna inchada e dolorida, sem mais um pingo de paciência, tudo o que eu queria era sair dali. A companhia pelo menos me trouxe até a capital pelo estado que eu estava, mas simplesmente abandonou as outras pessoas a própria sorte, disseram que como se tratava de um problema metereológico que o problema não era deles. Isso me doeu na alma, tinha uma mãe com um bebê de colo, sem dinheiro pra voltar pra capital de Buenos Aires, menos ainda pra pagar um hotel, sem fraldas pro bebê e com o leite acabando e a companhia simplesmente lavou as mãos, as pessoas estavam se acomodando no piso do aeroporto porque não tinham outra opção, fiquei completamente enojada com a Pluna, pra conseguir ser tratado como gente só fazendo escândalo mesmo!

Espero que amanhã dê tudo certo, que o vulcão durma em paz e que e que todos cheguem aos seus destinos sãos e salvos.



domingo, 24 de julho de 2011

Bebe Hana




Foi com essa carinha de bebe sapeca que ela me conquistou. Eu passeava pelas ruas de Caxias do Sul sem nenhuma intenção de comprar um cachorro, aliás eu sempre fui contra comprar cachorros, mas quando eu olhei ela através da vidreira foi amor a primeira vista. Ela me olhava com uma carinha de "mamãe me leva pra casa" e eu não consegui resistir, ela nunca me perdoaria se eu a deixasse ali.

É impressionante a alegria que ela tem e a facilidade de adaptação, chegou em casa já tocando o terror, conquistou minha mãe e minha avó em menos de cinco minutos, só não conseguiu conquistar a minha gatinha Quixla que ficou se roendo de ciúmes pobrezinha.

Atualmente ela esta morando com minha mãe, onde ela tem muitos amigos, 2 cachorrinhos e 3 gatinhos, mas eu sinto muita saudade dela, assim que possível vou trazer ela pra viver comigo!!

Olha só como ela ficou linda!


Amanhã to embarcando pro Brasil pra curar meu joelhinho e de quebra já mato a saudade  da Haninha!!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Remédiu bão di verdadi tem qui ardê - parte 2



Uns minutos depois chegaram minhas amigas no hospital e lógico que não passaram despercebidas, a emergência virou uma festa, mas tudo o que eu queria era meu joelho no lugar e que aquela dor parasse.

Depois de uma longa espera chegou o traumatólogo e sua equipe, eram uns 4 ou 5, detalhe,eram tão bonitos que pareciam recém saídos de um filme de Hollywood, e eu ali, toda esgualepada. De uma vez só colocaram o osso no lugar, eu me debatia e gritava como um porco sendo castrado. O fiasco em pessoa. Enquanto os médicos me colocavam o gesso e me pediam algumas informações, me ocorreu uma dúvida, foi ai que olhei para um deles e disse - Posso te fazer uma pergunta ridicula? Algum dia eu vou poder voltar a dançar Flamenco? Lógico que isso provocou risos.

Minha despedida do hospital foi interessante, estava minha mãe que não entendia bulhufas de espanhol, minhas amigas argentinas e toda a equipe medica pra se despedir. No fim deu tudo certo, agora eu tomo umas ferias forçadas, recarrego as baterias e volto com força total!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Remédiu bão di verdadi tem qui ardê - parte 1

E mais uma vez... a alma sabe o que é bom pra gente... As vezes é preciso parar... E no meu caso já era uma questão de saúde mental.

Tive um dia difícil, daqueles em que quase se surta totalmente e se parte para a ignorância, mas até que depois as coisas se acalmaram, o que sobrou foi uma dor de cabeça dos infernos, um cansaço do diabo e uma tremedeira do capeta, porque depois de tanto stress e doses cavalares de adrenalina é o corpinho que paga o pato.

Eu queria mesmo era relaxar, encher a cabeça de cerveja e a boca de risadas, mas o que minha alma sabia e eu não, é que no outro dia a mesma merda começava, foi então que a minha alma resolveu - basta! Não quis parar por bem, então agora eu vou fazer do meu jeito... toma pelotuda!

Em décimos de segundos me senti cair e pensei - Fodeu! Com o impacto minha patela deslocou e foi parar na testa, como aqueles corninhos que a Lady Gaga adotou, ta, não chegou tão longe,mas a cidade inteira parou pra observar o espetáculo, eu de mini saia, de pernas pro ar, implorando por uma ambulância aos berros e, detalhe, isso tudo de noite, na frente de um hotel, os hospedes devem me amar. Apareceu policia, estudante, macumbeira, peão de rodeio, até o papa veio ver, e era um tititi tcha tcha tcha mi mi mi, a situação era uma bosta, pelo menos tive os meus 5 ou 45 minutos de fama.